Notas, atalhos.......


I SEMINÁRIO ESTADUAL DO COMITÊ ESTADUAL ETNICORRACIAL


Reeducação das relações Etnicorraciais- Perspectivas para a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08

Rio de Janeiro 21 de setembro de 2010 UERJ.

“O verdadeiro compromisso será sempre compromisso com a solidariedade,
e não co m a solidariedade com os que negam o compromisso solidário,
Mas com aqueles que, na situação concreta, se encontram convertidos em “coisa”
(Freire, 1997, P 35).

Segundo Paulo Freire, a metodologia é  a própria essência e também os motivos que nos movimentam para que se construam projetos, que possam intervir didaticamente  e  pedagogicamente. É através do diálogo aberto com os professores/as,que vamos trabalhando em favor da implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08.
O Comitê tem o compromisso  com essa pedagogia, que leva os afros descendentes, a se reconhecerem dentro da escola e no meio em que vivem, como legítimos protagonistas de sua própria história e cultura. Cultura brasileira, cultura híbrida: luso afro-ameríndia.
Para que isso aconteça de fato, temos que fazer com que professores/as, entendam a urgência das  transformações que lei a 10.639/03, vem promovendo no âmbito do currículo escolar. Apoiar-se metodologicamente na transposição didática dos conteúdos por ela estabelecidos. A proposta de articulação teórica e prática na preparação de conteúdos e na realização do  trabalho pedagógico que, vimos fazendo em longo prazo, isso se tornou possível a partir dos caminhos abertos pela Lei 10.639/03 e 11.645/08.
Concordamos  com a linha de pensamento de Paulo Freire (1979, p21),acreditando que “não é possível um compromisso verdadeiro com a realidade e os homens concretos que nela e com ela estão,se desta realidade e destes homens se tem uma consciência ingênua”.
Segundo o autor, não basta à perspectiva de teorizar, mas sim o fazer mister que os educadores,se afirmem no seu profissionalismo para incorporar práticas do “saber-fazer-saber do dia a dia de suas salas de aula”. Estes educadores têm competência e devem ser considerados como sujeitos e nunca como objetos de sua própria prática. Não podendo ser nunca o objeto dela. Paulo Freire, ainda nos adverte: “ninguém educa ninguém, os  homens se educam no e pelo diálogo com outros homens iguais e diferentes dele, e sempre mediados e banhados pela realidade”.

O diálogo, como pilar necessário para a implementação da lei 10.639/03 e 11.645/08.
O diálogo eleito, pelo autor, será o compromisso que nós educadores e cidadãos, assumimos com a educação e com a sociedade brasileira: “seja ela branca, negra, cafuza”.

Respeitar, valorizar, conhecer as diferenças e conviver com o diferente neste país mestiço.
O Comitê estadual Etnicorracial, tem esse compromisso e, como membro do Comitê, buscarei sempre o diálogo e, vontade de transformar.

Sem esse compromisso, sem essa vontade de mudar não teremos chance de mostrar que alguns educadores, ainda têm compromisso com  a educação continuaremos buscando  parcerias, tais como: a Universidade Federal Rural  do Rio de Janeiro, que nos oferece o “II Etapa do Curso de Extensão Formação Continuada de Professores sobre Educação das Relações Etnicorraciais, Historia e Cultura Africana, Afro Brasileira e Indígena 2010”, para mais de cem professores/as, o “Programa Escola Aberta”, vem caminhando lado a lado desde 2009, com o projeto “Pé de Moleque” danças Afro Brasileira, desenvolvido pela “Coordenadoria Metropolitana VI”, também tem com a Lei 10.639/03, este compromisso, de valorizar e reconhecer a nossa cultura e o nosso direito como cidadãos

“E mais recentemente o “Projeto Aprender”, Tecendo Redes de Aprendizagem Social”, que é um trabalho desenvolvido com ás alunas do Curso de Formação de Professores, projeto este elaborado pela Secretaria de Educação de Estado.


Professora: Ana Maria Soares
Graduação: História pela Faculdade de Filosofia de Campo Grande (FEUC)
Pós Graduação: História do Brasil pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Coordenadora Regional 20- Metropolitana VI

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GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
COORDENADORIA REGIONAL 20 - REGIÃO METROPOLITANA VI U.A. –184162

Comitê Estadual Ètnicorracial
Membro Metro VI- Profª Ana Maria Soares Silva
Graduação em História Faculdade de Filosofia Campograndense (FEUC)
Pós-Graduação Universidade Federal Fluminense (UFF)

RELATÓRIO

As Leis e o Currículo
Considerações iniciais

Problematizar a institucionalização da Lei 10.639/03 e seus instrumentos normativos como base para uma política nacional de reconhecimento e valorização da diversidade étnicorracial e para a promoção de uma educação para as relações étnicorraciais nas escolas
A doutrina multiculturalista avança essencialmente a idé ia de que as culturas minoritárias
são descriminadas e devem merecer reconhecimento público. Para se realizarem ou consolidarem,singularidades culturais devem ser amparadas e protegidas pela lei. O direito que vai permitir colocar em movimento as condições de uma sociedade multicultural.
Identidade inseparáveis e mutuamente determinadas. Diferença de conjunto de princípios organizadores de seleção,inclusão e exclusão que informam o modo como indivíduos marginalizados são posicionados e construídos em teorias sociais dominantes,práticas sociais e agendas políticas..Qual é a importância e o significado dos instrumentos legais aplicados com a Lei 10.639/03 e 11.645/08?Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas não é mais uma questão de vontade própria e de interesse particular. È uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades,escolar, familiar, e a sociedade. O objetivo principal a inserção da Lei,é o divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes,posturas e valores que eduquem cidadãos quanto a pluralidade étnicorracial,tornando-os capazes de interagir o objetivos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana,como outras que direta ou indiretamente contribuíram para a formação da identidade cultural brasileira. A Lei !0.639/03, enfatiza que o resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história. Prevê ainda trabalhar o conhecimento da história e cultura da África a partir do processo de escravidão,bem como conceitos sócio-político-históricos como produtora de temáticas diversas filosofia, Medicina,matemática,dentre outras.
As Leis 10.639/03 e 11.645/08 que estabelecem a obrigatoriedade do ensino sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio oficiais ou particulares (altera a LDBN/96,Art.26-A)Parecer CNE/CP003/2004 e Resolução CNE/CP/2004-Instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorracial e Africana (junho de 2009).Que constituem orientações e fundamentos para o planejamento,execução e avaliação da educação,isto é, inclusão nos conteúdos de disciplinas e atividades curriculares dos cursos nas Unidades Escolares. Assim surgiu a parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(UFRRJ),onde desenvolvemos o curso de Extensão de Formação Continuada para professores (as), da rede estadual, desde 2007, com o objetivo de tornar a Lei 10.639/03, como importante ponto de apoio para produção de uma nova”imaginação nacional.” O curso foi ministrado por diversos palestrantes, convidados de outras Instituições e até mesmo da própria Universidade Rural..
O preconceito nos livros didáticos
Na opinião do historiador Manolo Florentino, também professor da UFRJ, segundo ele, visão reducionista do negro como vítima da sanha do branco dificulta o processo de identificação social das crianças com aquela figura que está sempre maltratada. Os livros tendem a reforçar esse aspecto negativo e a ocultarem a participação do negro na formação do Brasil, apesar do contexto escravocrata. Os livros mostram como brancas figuras mestiças que conseguiram se libertar da escravidão e se destacaram na vida pública. È o caso de Rui Barbosa, Floriano Peixoto, Rodrigues Alves e Washington Luís, pessoas que, de acordo com um sistema de classificação anglo-saxão, não são considerados brancos. È o fenômeno chamado de ideologia do branqueamento, pela qual indivíduos de ascendência negra tentavam se passar por brancos para ascenderem socialmente. A Lei Federal 10.639 de 2003, tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro Brasileira nas escolas, embora algumas pouco promovam programas de valorização da cultura afro-brasileira. A idéia é ensinar aos alunos,na sua maioria negros,que eles não aparecem apenas como sujeitos vitimados na história brasileira,aumentando sua auto estima e o desempenho escolar. Para o historiador,o enfoque na historiografia da resistência é uma das razões pelas quais os alunos têm dificuldade de se identificar com as populações escravizadas. Na verdade,a constituição de identidade negra brasileira desse agente socialmente ativo se dá dentro da escravidão,dentro da sociedade,que está em processo constante de conflito,mas também de negociação.
A questão em pauta é tão delicada quanto a nossa responsabilidade, enquanto estudantes, professores e membros do Comitê. Se vamos trabalhar com livros didáticos, teremos que refletir sobre a importância do livro na formação do indivíduo e na contribuição que daremos para a sua identidade cultural.



Memória e Ancestralidade
A ancestralidade em si com seu conteúdo cultural, como prática como memória, como fonte de sabedoria, filosofia e identidade, oferece uma maneira de não somente resgatar ou construir uma identidade negra histórica. A ancestralidade afro-brasileira também oferece uma perspectiva critica sobre a história e as relações da desigualdade. Essa perspectiva surge tanto do legado ancestral da cosmovisão africana como da experiência histórica vivida ao longo das gerações. Esse olhar crítico oferece a possibilidade de um, outro entendimento do que é ser cidadão,do que é ser brasileiro,que vem direto da experiência negra. A ancestralidade afro-brasileira também tem um cultural que revela possibilidades de transformação social num mundo, no presente está precisando conceitos de solidariedade, coletividade e sistemas alternativos para construir a igualdade e um mundo melhor.
O Projeto “Pé de Moleque Danças Afro-brasileira II,” autora Profª Ana Maria Soares,tem objetivos específicos, pois pretende potencializar a participação dos alunos de todas as Unidades,no processo de desenvolvimento social,através de sua história e cultura; formar cidadãos consciente e críticos da realidade social na qual vivem. As dinâmicas corporais proporcionadas pelo projeto visam a elaboração,sob uma perspectiva catártica,isto é a liberação de pensamentos e emoções reprimidas no inconsciente,os sentimentos de medo,raiva e humilhação entre outros que expressam o movimento de luta e emancipação no qual foram criados. A dança é a expressão através de movimentos do corpo,organizados em sequências significativas de experiências que transcendem o poder das palavras e da imitação. É a representação de suas manifestações,de suas emoções,suas crenças,de sua cultura e forma de comunicação. Pode-se supor assim,que o ensino de formas variadas de dança a linguagem corporal passa a estabelecer uma relação do comportamento expressivo com o comportamento humano como expressão emocional e corporal.
Este Projeto, conta ainda com a parceria do Programa Escola Aberta e Projeto Aprender,ambos desenvolvidos pela Secretaria de Educação de Estado (SEEDUC).

BIBLIOGRAFIAS:

GONÇALVES,Maria Alice Rezende(Organizadora)
EDUCAÇÃO,CULTURA E LITERATURA AFRO-BRASILEIRA I
Coleção SEMPRE NEGRO NEAB-UERJ- Rio de Janeiro 2007

GONÇALVES,Maria Alice Rezende(Organizadora)
EDUCAÇÃO,ARTE E LITERATURA AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Coleção SEMPRE NEGRO NEAB-UERJ- Rio de Janeiro 2007

CAVALLEIRO,Eliane. (Organizadora) RACISMO E ANTI- RACISMO NA EDUCAÇÃO: Repesando nossa Escola Editora :Selo Negro




PROJETO PÉ DE MOLEQUE

DANÇAS AFRO BRASILEIRA

 RIO DE JANEIRO
2009


INTRODUÇÃO


O Projeto tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre o tema da cultura afro brasileira e sua presença na escola com vistas a contribuir no processo de implementação da Lei nº  11.645/08 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para inserir ao da obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira a temática da História e Cultura Indígena”.Há que se falar no cotidiano escolar, por meio da lei, da riqueza presente na diversidade cultural brasileira. Na colonização do Brasil a exploração do trabalho escravo fez parte do modelo econômico da época, tendo seu início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI e terminando somente no século XIX. Nesse contexto, o africano escravizado torna-se uma mercadoria e, por isso, sem reconhecimento de suas culturas e sem direitos humanos. Capturados na África e transportados em navios negreiros, aqui eram desembarcados  em portos como os de Salvador e Rio de Janeiro.Era a mão de obra  disponível para o trabalho agrícola, urbano e doméstico. Buscavam a liberdade por meio de rebeliões, da compra de alforrias ou organização de quilombos. Mesmo nesse ambiente opressivo, os povos escravizados criaram danças, artes, musica técnicas engenhosas de produção.
    As tentativas de respondermos a pergunta “Quem somos nós?” Tem colocado a diversidade de populações brasileiras ora como problema, ora como solução. Nas últimas décadas do século XX, retomamos a interpretação de um Brasil plural, porém diferente das interpretações que dominaram o pensamento brasileiro durante o século XIX. A pluralidade cultural não é mais vista com uma falta e sim como aspecto positi vo da composição de nosso povo. É nesse contexto de positivação da diversidade cultural que as noções de culturas étnicas vão consolidando o país.
O caminho para a superação do dilema da origem da cultura afro brasileira está na adoção das duas hipóteses a da filiação e da inovação, e não apenas uma delas. Na verdade parece haver mais inovação que heranças nas culturas afro brasileiras. Não é que a filiação deva ser descartada, mas a inovação deve ser colocada no centro da cena. O que ocorreu no Brasil e em todas as Américas foi uma fusão de culturas originarias da África, da Europa, da Ásia e das culturas indígenas criando, assim, verdadeiras áreas superpostas, ou seja, não há fronteiras claras separando o que é de origem africana do que foi criado no Novo Mundo. Além disso, existia mais similaridade entre as culturas dos africanos escravizados que diferenças. O contato entre os africanos com outras culturas continentais já havia se iniciado na África. A circulação de culturas permaneceu durante todo o período do tráfico até as formas contemporâneas de interação, gerando inovações permanentes e ainda desconhecidas.
   As trocas entre as culturas, entretanto, não nos mantêm aprisionados ao passado, aos quilombos, lundus ou cucumbis, estão vivas no corpo na mente das populações brasileiras, nos cultos dos orixás, nos estilos juvenis, no hip hop paulista, no reggae maranhense ou no funk carioca, nas ciências, nas tecnologias, nas artes e em todos os campos da vida social.
  Este Projeto apresenta como proposta o desenvolvimento de atividades relacionadas à cultura afro brasileiro, neste contexto torna-se importante por contribuir para o rompimento de barreiras sociais, à autonomia de indivíduos através do conhecimento sobre suas raízes, sua memória e suas linguagens.
  É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos  e atividades, que proporcionam diariamente, também as contribuições históricas culturais  dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia. As relações étnico raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para  aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação  oferecida pelas escolas.

JUSTIFICATIVAS
 “Cultura é um conjunto de características distintas espirituais, materiais, intelectuais e afetivas que caracterizam uma sociedade ou grupo social. Abarca, além das áreas das artes e das letras, os modos de vida, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”.

OBJETIVOS
O projeto “Pé de moleque Danças Afro- brasileiro” tem como objetivo  geral abordar a  cultura Afro– brasileira através de aulas de Danças Afro-brasileira. Jongo de pares, jongo de roda, tambor de crioula de roda, samba de roda,  calangos de pares, lundu de pares,maculelê de fileira,mineiro pau de pares,partido alto de roda, batuque de fileira, baião de pares, caxambu  de roda,carimbó de roda, coco de zambe de roda bate pau de roda, pagode de Amarante de fileira e a capoeira, promovendo a preservação  dos valores  culturais e sociais decorrentes da influência  negra na formação da sociedade brasileira.
   Como objetivos específicos pretende potencializar a participação dos alunos de todas as Unidades, no processo de desenvolvimento social, político e econômico, através  de sua história e cultura;  formar cidadãos conscientes e críticos da realidade social na qual vivem. As dinâmicas corporais proporcionadas pelo projeto visam a elaboração, sob uma perspectiva catártica os sentimentos de medo, raiva e de humilhação entre outros que expressam o movimento de luta e emancipação no qual foram criados.
           Realizar uma abordagem histórica destes conteúdos nestas Unidades que é composta de indivíduos afro-descendentes permite ao aluno compreender o significado e o sentido dos mesmos, apropriando-se deles de forma consciente e ativa e percebendo-se como sujeito histórico.
        .A dança é para todos os povos, em todas as épocas da história, a expressão através de movimentos do corpo, organizados em seqüências significativas de experiências que transcendem o poder das palavras e da imitação. E a representação de suas manifestações, de suas emoções, de suas crenças, da sua cultura  e forma de comunicação.Pode-se supor assim, que o ensino de formas variadas de dança a linguagem corporal passa a estabelecer uma relação do comportamento expressivo com o comportamento humano como expressão emocional e corporal. A capoeira em seu conjunto de gestos e ritmos expressa de forma explicita a luta de emancipação do negro no Brasil escravocrata. Trabalhar com estes conteúdos resgatando sua historicidade aproxima o aluno de suas referências culturais e do registro de sua história de resistência dando-lhe o conhecimento.
                
METODOLOGIA

 O projeto “Pé de moleque danças afro-brasileira” inicia suas atividades no mês de abrIl de 2009 com data  prevista de encerramento para o mês de novembro do mesmo ano e tem como atividades norteadoras  as Danças  Afro-brasileira e a Capoeira . Interagindo com todas as disciplinas, envolvendo alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos. As aulas de Danças afro-brasileiras serão realizadas com apoio sonoro de Cd player de musicas de ritmos afro-brasileiros e vídeos.
  O presente projeto objetivará aproximar os alunos da origem da Dança Afro-bralileira, da Capoeira e das questões históricas que envolvem estes conteúdos como: a vida do negro na África, a escravidão, a vida nas senzalas, nos quilombos e o preconceito racial. Abordaremos estes temas através de figuras em revistas, livro, jornais, musica, canções populares, dança e capoeira.
     A interação deste projeto com as modalidades de ensino assumirá a função de “laboratório” para que os alunos envolvidos no projeto possam colocar em pratica seus conhecimentos teóricos adquiridos na Unidade sobre a atividade docente, completa este processo todo potencial para observação cientifica que esta atividade oriunda do projeto Pé de moleque “Danças afro-brasileira”, propiciará aos alunos. Tais Como relatórios e cadernos de campo organizado de forma sistemática e cientifica que possibilitem a construção de artigos a serem apresentados em eventos com intuito de divulgar experiência vivenciada e pesquisada neste projeto.

 CONCLUSÃO
 Atualmente percebe-se uma forte uniformização aos costumes, aos valores, as atitudes e a vida. È possível observar em cada individuo concepções introjetadas da sociedade, de sua própria condição social e de sua auto-imagem.Neste sentido, o desenvolvimento de atividades em torno  da cultura popular torna-se uma referência de criação de identidade e contribui para a formação da cidadania e da nacionalidade dos indivíduos.
       Explorar a cultura Afro- brasileira e a cultura Indígena no contexto do presente projeto contribui para que os alunos identifiquem vivenciem aspectos da cultura  popular que são parte de sua história.Descobrir e assumir suas origens são importantes para que o aluno possa, a partir delas, criar e afirmar sua identidade de sujeito histórico social.
Se o cenário político cultural contemporâneo brasileiro coloca a questão da inclusão do negro e do índio  na Universidade, torna-se de suma importância criar  um verdadeiro dialogo não somente com a história escrita pelos próprios oprimidos como aceitar seus conhecimentos milenares como importante legado a ser examinado a luz das novas tecnologias.Pois só dessa forma poderemos pensar em uma formação cultural que respeite a multiculturalidade, nossa  herança constituinte.
 A incorporação das culturas africanas e ameríndias no processo educacional é igualmente importante, pois não se trata apenas de se fazer prevalecer uma das heranças (a européia) como receptáculo do conhecimento humano, mas também  dar voz a história, a ciência e a filosofia das duas outras tradições igualmente vivas na cultura popular, mas sem valor educacional.